domingo, 23 de janeiro de 2011

Escolha seu Personagem

Morreu uma menina
Faz algum tempo, como deve ser o gosto de impor-lhe este sodomismo?
Elas precisam crescer, o tempo as obriga
Ser a tão doce e pura flor da inocência
Destinada a um só amor
E ser jogada num canto quando já não for mais interessante
Ser a luxúria escondida no corpo de um anjo
Enloquecer suas mentes com desejos profanos
E por final, não amar a nenhum deles
Não há como ser os dois, menina
Você escolhe o amor e e seu excruciante sofrimento
Ou você escolhe o prazer e seu consequente vazio
Confiantemente, você vai e entrega seu coração
Pungente, lacinante, você cata os pedaços quando o recebe de volta
O papel de ovelhinha é só o disfarce, o cheiro de sedução
Caça, mata, e se alimenta. Vai embora e se quer lembança leva
Chegada a hora de escolher
Você ainda escolhe amar loucamente
Eu, ser a ninfa de Caim
Se eu pudesse volta atrás, seria apenas uma menina
E agora me odiaria por te sido tola
Traída por minha inocencia, como você foi
E agora chora
Por querer ser tão astuta, como eu sou.